O
poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
(Fernando
Pessoa)
I
O poeta é um
fingidor
Nem
sempre sente o que diz.
Por
vezes finge uma dor
Mesmo
que esteja feliz.
II
Finge tão
completamente
Uma
mágoa que não tem,
Ele
não sabe que mente
A
si próprio, a mais ninguém!
III
Que chega a fingir
que é dor,
Sabe
ele e sabemos nós.
Mas
por vezes é o amor
Que
lhe dá ânimo e voz
IV
A dor que deveras
sente
Não
a sabe discernir.
Mas
a verdade é que mente
No
escrever e no sentir!
Maria da Saudade Paiva – 2013
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