quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

DESESPERO


Porque brilha o sol nos céus,
Porque ainda cantam as aves?
E as noites são tão suaves,
Envoltas em belos véus,
Que esvoaçam com esmero,
Alheias ao meu desespero?

A minha alegria desfez-se
Como um castelo na areia
No rigor da tempestade,
Quando vem a maré cheia,
Perante a frieza de quem
Sempre esperei amizade!

Tudo é cinzento e vão:
Esta solidão infinita,
Esta tristeza maldita….
E este meu desespero,
Suicídio do coração…
Eu já nem sei o que quero!

Eu não quero mais sofrer….
Quero alcançar o impossível
Na minha loucura total.
Mas na minh’alma  insensível,
Eu que já nem espero o bem
Nunca temerei o mal!

Autoria: Maria da Saudade

Dezembro 2011

Sem comentários:

Enviar um comentário