O céu estende-se preguiçoso
Suave, ameno e formoso…
Que intenso é o seu azul!
Mas eu, dorida, perdida,
Presa a esta vida sem vida,
Não tenho norte nem sul!
Dói
a dor que não tem nome
E
o meu coração consome,
A
que eu chamo solidão.
Vai
ser minha companheira
Vai
prender-me a vida inteira
Sem
ter dó nem compaixão!
Grito
calada, desesperada,
Ninguém
me ouve, nem me diz nada,
No
rosto as lágrimas causam-me ardor.
Mas
o grito ecoa alto no meu peito
A
solidão instalou-se sem respeito,
Porque
tu me deixaste… meu amor!
Maria
da Saudade Paiva
Maio
2016