quarta-feira, 22 de junho de 2016

SOLIDÃO


O céu estende-se preguiçoso
Suave, ameno e formoso…
Que intenso é o seu azul!
Mas eu, dorida, perdida,
Presa a esta vida sem vida,
Não tenho norte nem sul!


Dói a dor que não tem nome
E o meu coração consome,
A que eu chamo solidão.
Vai ser minha companheira
Vai prender-me a vida inteira
Sem ter dó nem compaixão!


Grito calada, desesperada,
Ninguém me ouve, nem me diz nada,
No rosto as lágrimas causam-me ardor.
Mas o grito ecoa alto no meu peito
A solidão instalou-se sem respeito,
Porque tu me deixaste… meu amor!


Maria da Saudade Paiva

Maio 2016