quinta-feira, 4 de junho de 2015

LIBERTAÇÃO


Vivi muito… estou cansada!
Sei que amei e fui amada,
Mas não foi suficiente
P’ra alcançar a felicidade.
Tropecei na mesquinhez
Na mentira e hipocrisia.
Conheci de tudo um pouco:
Amigos sinceros e leais
Alguns menos, outros mais.

Fui amante, esposa e mãe…
Mas isso não valeu nada,
Porque me sinto tão só;
Pouco mais que um objecto
Que nem a sofrer tem direito.
Meu Deus, sinto-me tão vazia!
Sem alma nem coração;
Resta-me esperar, serena , o dia
E a hora da Libertação.

Desejo,  nem sabes quanto…
Que mesmo negra e gelada,
Arrepiante,  assustadora…..
Como  és  imaginada,
Com teu cheiro putrefacto,
Me recebas nos teus braços,
Me envolvas no teu negro manto,
Que mudes a minha sorte
E me leves contigo…….MORTE

Maria da Saudade Paiva

 Abril 2010

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